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Iluminação Paisagismo – Entrevista com Alexandre Galhego
Teoria e prática fizeram muita diferença na formação do paisagista Alexandre Galhego. Graduado em Engenharia Agronômica pela USP e mestre em paisagismo e botânica pela Unesp, Alexandre passou os primeiros anos da carreira aprendendo na pequena empresa do pai, em Botucatu (SP). Em busca de mercados maiores, ele montou em 1996, a Alexandre Galhego Paisagismo em Campinas. Hoje, prestes a completar 48 anos, tornou-se referência em projetos que harmonizam todos os elementos do ambiente: paisagismo, arquitetura e iluminação.
Em entrevista para o blog da DirectLight, Alexandre falou o seu processo de trabalho e sobre a combinação desses elementos para se chegar a projetos belos, sustentáveis e funcionais. Boa leitura!
1 – Como conciliar paisagismo e iluminação?
As duas coisas são complementares. O paisagismo tem crescido muito nessa tendência de as pessoas quererem aproveitar a própria casa, sair menos por causa da violência, por exemplo. Você também tem a própria tecnologia que proporciona cada vez mais conforto para ficar dentro de casa. E, via de regra, você recebe as pessoas muito mais à noite. Anteriormente à tecnologia LED, ficava tudo mais caro em termos de dispêndio de energia. Iluminar um jardim inteiro era caro, por causa da energia e dos equipamentos em si. O LED veio ajudar muito nisso. E o retorno do investimento sempre aparece, toda vez que você chega em casa ou quando você recebe alguém.
2 – Quais as técnicas para iluminar plantas?
Para iluminar planta, você precisa entender de planta. Quando você vai jogar luz, você vai valorizar alguns aspectos e atenuar outros. É este balanço do que você vai focar ou desfocar. Você tem grandes formatos que você quer atenuar, tem pequenos formatos que você quer dar um UP. Entender também qual é a prioridade da iluminação. Você precisa saber o quanto de profundidade que você quer trabalhar. Por isso, o trabalho de iluminação sai casado com o trabalho de paisagismo.
3 – É preciso pensar o paisagismo de forma funcional?
Paisagismo e iluminação são cada vez mais funcionais. É preciso pensar no espaço, no caminho, no objetivo. Pode ser conduzir o visitante, por exemplo. A iluminação não pode ser só cênica, mas funcional.
4 – Quais são algumas peças que você gosta de trabalhar?
Eu penso também em como as peças vão ficar durante o dia, quando estão apagadas. Elas não devem ocupar um espaço maior do que deveriam. Por isso, eu gosto das peças da DirectLight, que são delicadas. São boas quando estão acesas e discretas quando estão apagadas. De dia, a luz do sol evidencia uma gama de texturas de cores. À noite, o recurso é outro e a gente sempre busca um pouco dessa fonte (do sol). Continuar o trabalho com texturas e cores, para ter uma profundidade no trabalho.
5 – Na sua opinião, os projetos de iluminação estão cada vez mais integrados aos projetos arquitetônicos?
As pessoas estão tendo cada vez mais acessos a locais iluminados. As pessoas vão para um hotel, vão para o exterior, e tem toda uma cenografia que depois elas querem trazer para casa. Isso aliado ao fato de que a iluminação vem avançando muito em qualidade e que o custo caiu, tanto o de implementação quanto o de manutenção dos projetos. Tudo ficou mais acessível e mais simples. E o paisagismo segue na mesma toada. Quando eu comecei na minha carreira, era bem diferente. O perfil do meu cliente ainda é AAA, mas paralelamente eu faço projetos para lançamentos do Minha Casa Minha Vida. Claro que é importante ter um bom encanamento, rede elétrica, mas isso não aparece à primeira vista. Já o paisagismo salta aos olhos do cliente.